MARKLIN-DIGITAL - FAQ

 

  Como Funciona?   Material Necessário   Linha C <> Linha M       Página Inicia

COMO FUNCIONA?

Controle de Máquinas:

Vamos começar pelos sistemas (analógicos) convencionais: Quando giramos o selector de velocidade no transformador estamos a controlar a velocidade das locomotivas variando a sua tensão de trabalho. Quando o transformador está na posição nula, não há nenhuma tensão na linha, e quando damos o impulso da reversão, introduzimos 24 volts alternos. Todos as máquinas na mesma linha agem similarmente; isto é todas funcionam na mesma velocidade ou todos param, e as luzes das composições variam de intensidade consoante a voltagem introduzida na linha.

Os sistemas digitais trabalham de modo diferente: A Unidade Central recebe, do transformador, voltagem alterna constante de 16 volts 50 ciclos (hertz) e converte-os em 16 volts 400 ciclos. Esta voltagem, introduzida na linha, mantém-se constante. Não estamos a controlar directamente as locomotivas, em vez disso quando giramos o seletor de velocidade estamos a dar uma ordem codificada para o descodificador da máquina destinatária. O decodificador então regula internamente a tensão que chega ao motor, ou executa o comando da reversão.

Os 400 ciclos servem para podermos introduzir informação codificada na corrente que fornecemos à linha. É essa informação que contem o endereço destinatário bem como os comandos a serem cumpridos.

Agora estamos em condições de entender porque é que as locomotivas convencionais andam sempre à mesma velocidade sem possibilidade de controlo, visto não podermos variar a voltagem que é introduzida na linha.

As Centrais Delta funcionam da mesma maneira à excepção que estas unidades recebem corrente analógica e variável, dum transformador convencional, e a transforma para corrente constante (16 V) com informação digital.

Controle de Acessórios:

Todos os acessórios de linha (agulhas, sinais, etc) encontram-se ligados a um descodificador, que recebe todos os comandos e executa os que lhe são destinados. Isto permite que todos os descodificadores se encontrem ligados, em paralelo, num único circuito, o que não acontecia no sistema convencional onde, para cada acessório existia um circuito dedicado.

MATERIAL NECESSÁRIO

Na página do DIGITAL enumero os elementos disponíveis para a construção dum sistema digital, bem como uma breve explicação sobre a sua utilidade. No entanto resumo aqui os elementos básicos necessários:

Sem recurso a controle por computador:

Um Transformador, Uma Unidade Central (inclui um controle de máquinas), um Keyboard (p/ controle de sinais e de agulhas), Descodificadores p/ os sinais e agulhas.

Com recurso a controle por computador:

Um Transformador, Uma Unidade Central (inclui um controle de máquinas), um Interface, Descodificadores p/ os sinais e agulhas.

LINHA C VERSUS LINHA M

Quando Märklin introduziu as potencialidades do controle digital, introduziu, também, a nova linha "C". Argumentava que este tipo de linha melhorava a continuidade da corrente, a operacionalidade e fiabilidade do sistema, simplificando, ao mesmo tempo as ligações, resumidas, agora, a dois fios do transformador à unidade de controle e dois fios da unidade de controle à linha (Todos os acessórios eletromagnéticos são ligados diretamente à linha, através de seus decodificadores). Certamente uma grande melhoria, particularmente para quem desmonta ou muda frequentemente a maqueta.

Outra razão que levou a Marklin a substituir as linhas metálicas predem-se com as apertadas exigências de segurança quando se trata de brinquedos que podem ser manipulados por crianças.

Estas mudanças acarretaram, numa última análise, um custo mais onerado do equipamento já que os acessórios são vendidos sem selenoides e sem descodificadores tendo todos esses acessórios de serem adquiridos à parte.

A coexistência de linhas M e C, mesmo por recurso a troços adaptadores é de evitar e a regra deve ser a seguinte:

Se já tem linha M mantenha a sua maqueta com linha M (não se esqueça a enorme robustez dessa linha comprovada por dezenas de anos de utilização contínua). No mercado de usados poderá encontrar muita linha M a preços convidativos, agora ainda mais que existem muitos entusiastas a venderem para comprar linha C.

Se se vai iniciar então a opção de linha C apresenta-se a mais lógica, se bem que mais cara. Quanto à robutez e durabilidade será um factor a ponderar já que a sua curta existência ainda não permite conclusões neste campo.

Finalmente, não nos devemos esquecer que o material rolante actual da Marklin encontra-se mais vocacionado para as linhas "C", seja pela baixa altura do material rolante como novos ângulos e inclinações de curvatura desta linha. O exemplo disto pode ser realçado pelo comprimento das carruagens, propositamente reduzido em relação à escala para que pudessem atacar as curvas de reduzido raio de curvatura da linha "M", o que não acontece com as actuais, fielmente reproduzidas à escala.


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Revised: 04 Janeiro, 2003